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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

TENHO ALGO A TE DIZER DA PARTE DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS


Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas...” (Ap 2.7a).

 

Perdoemos mais os que nos ofendem (Mt 6.12; 18.22);

Amemos mais, até os nossos inimigos (Lc 6.27; Rm 13.8; 12.9);

Oremos mais com toda oração e súplica (Rm 12.12; Ef 6.18);

Leiamos mais a Bíblia Sagrada (1Tm 4.15);

Preguemos mais a genuína Palavra de Deus (Mc 16.15; 2Tm 4.1,2);

Não nos deixemos ser levados pelos cuidados desta vida (Mt 6.25,26);

Estendamos mais as mãos aos caídos e necessitados (Lc 10. 33-35);

Prestemos mais nosso verdadeiro louvor ao Senhor (Jo 4. 23,24);

Tenhamos muito mais cuidado para não sermos enganados com as falsas doutrinas que se pregam hoje por aí (1Tm 4.1);

Tomemos cuidado com boatos, fofocas, e o semear contendas entre os irmãos (Pv 6.16-19);

Tenhamos cuidado com o orgulho e a soberba (Is 2.12; 2Tm 3.2);

Esperemos com muito avidez a volta iminente de Jesus, pois Ele está às portas (Jo 14. 1-3; Tt 2.13).

Maranata – ora vem Senhor Jesus.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

ORAÇÃO DOS RETOS

 




Sendo a oração o meio eficaz de falarmos com Deus, se torna preciso, necessário e imperativo orar. Orar faz bem à alma. Orar é uma maneira de rendição total a vontade do Pai. Orar refrigera nosso homem interior. Orar é lançar nossas ansiedades aos pés de Cristo, sabendo que Ele tem cuidado de nós. Podemos orar louvando, clamando, intercedendo, suplicando, agradecendo etc.

Entre as armaduras espirituais do soldado cristão em Efésios 6. 13-17, Paulo deixa de mencionar a lança, que era também muita usada nas grandes e antigas batalhas. Ele fala da couraça, do capacete, do escudo, do calçado, da espada, e, no versículo 16b, ele faz menção dos dardos inflamados do inimigo, que são as flechas incendiadas que o maligno lança, tentando destruir o povo de Deus. Mas, no versículo 18 ele diz: “orando em todo tempo...”. Sim, a oração é a lança, a flecha incendiada do soldado do Senhor. A oração alcança lugares, territórios, nações, continentes, que jamais seriam alcançados por outra arma. Com a oração entramos nas casas, prédios, UTIs, sanatórios, leprosários, prostíbulos, prisões, e arrancamos vidas das algemas de satanás, levantamos enfermos, e milagres acontecem perto ou longe.

Seria, porém, todas as orações aceitáveis a Deus? Estaria o Eterno pronto para ouvir e responder todas as petições? Em provérbios 15.8 está escrito: “O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento”. Imaginemos Deus contente. Isso mesmo: contente, feliz, prazenteiro, regozijado. Isso tudo porque há um servo seu, reto e justo buscando a sua face. Em Neemias 8.10 diz que “...a alegria do Senhor é a vossa força”. Aleluia! Que círculo virtuoso tremendo é esse! Um crente reto alegra o coração de Deus ao buscar a sua face em oração, e Deus alegre fortalece cada vez mais o crente. A alegria do Senhor é a nossa fortaleza. Podemos então dizer, que o resultado das orações dos retos de coração é: crentes fortes em Cristo, vencendo cada vez mais o pecado, orando cada vez mais ao Senhor e recebendo os resultados poderosos de suas orações. Vale a pena orar como os retos. “E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). “...a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 6.16c).

Busquemos mais ao Senhor com retidão.

Vosso em Cristo

Pr Daniel Nunes da Silva

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

TRANSGÊNERO – QUE TRANSREALIDADE É ESSA




LIÇÃO 8

TRANSGÊNERO – QUE TRANSREALIDADE É ESSA

TEXTO ÁUREO

Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher e serão ambos uma só carne.” (Gn 2.24)

VERDADE PRÁTICA

A sexualidade bíblica é heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente criado.

Leitura Bíblica em Classe

Gênesis 2.7,18-25

Objetivos da lição

I – Explicar que o fenômeno da transgeneridade abarca as questões de identidade de gênero, as distinções entre cisgênero e transgênero e a questão da sexualidade;

II – Reafirmar a visão bíblica a respeito do gênero;

III – Elencar os efeitos da ideologia transgênica.

INTRODUÇÃO

Essa lição vai tratar de um assunto muito polêmico nos dias atuais, porém, se o assunto é discutido em salas de aulas universitárias, por que não ser na Escola Dominical? Precisamos mostrar ao nosso povo a visão cristã do assunto da transgeneridade em todos seus aspectos. E desde já, dizer que Deus não fez os seres humanos com sexo indefinido, mas, totalmente definidos, homem e mulher, macho e fêmea os criou, assim nos diz a Bíblia (Gn 2.24). Portanto, essa lição buscará reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito divino por meio de seu sexo biológico.

I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE

1.    Identidade de gênero. O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino. Isso é o que é correto. Porém, na década de 1970, as feministas usaram o termo “gênero para diferenciar do “sexo” anatômico. A partir desse momento, para o movimento, quem diferencia o sexo, não é mais a anatomia biológica do indivíduo, mas sim a cultura. Para os tais, a pessoa pode nascer com o sexo masculino, mas se comportar como uma mulher, e assim validam qualquer comportamento sexual.

2.    Cisgênero, Transgênero, não Binário. Cisgênero se refere as pessoas que se identificam com o gênero que nasceu, quer dizer: nasceu com a genitália masculina e se identifica como homem; Transgênero, não se identifica com o gênero em que nasceu, quer dizer; Nasceu mulher, mas se identifica como homem; Não Binário, não se reconhece em nenhum gênero ou transita entre eles, quer dizer, nasceu com genitália feminina, mas não se reconhece nem mulher nem homem, ou, há momentos que se acha mulher, e em outro momento, se acha  homem. O movimento social que representa esse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Nesta visão, o sujeito não leva em consideração o sexo biológico.

3.    Transgênero e sexualidade.  É uma verdadeira salada, onde a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero que ela se identifica e por qual sente atração sexual. Heterossexual – atraído pelo sexo oposto; homossexual – atraído pelo mesmo sexo; bissexual – atraído por ambos os sexos; assexual – quando não tem atração por gênero nenhum; pansexual – nesse caso não depende de gênero, o indivíduo é atraído por qualquer gênero; e ainda as não binarias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. O transgênero transita livremente em todo tipo de relação sexual.

II – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO

1.    A constituição biológica. Vamos aqui ratificar o que diz a Palavra de Deus, que o homem nasce homem e a mulher nasce mulher. Foi assim que disse Eva, no momento que deu a luz a Caim: “...alcancei do Senhor um varão” (Gn 4.1). A Declaração de Fé da Assembleia de Deus professa que o ser humano é constituído de três substâncias, uma física: Corpo; e duas imateriais: Espírito e Alma (1Ts 5.23; Hb 4.12). Sendo então o corpo físico o invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15). O gênero desse corpo é definido pelo sexo de criação geneticamente determinado: Homem ou mulher (Gn 1.27;2.24). Aqui então há um relacionamento entre o sexo e o gênero, através das características orgânicas do corpo e dos órgãos genitais. Sendo os cromossomos XY o sexo masculino e XX o sexo feminino.

2.    A constituição moral.  O homem e a mulher foram feitos conforme a imagem e semelhança de Deus. Porém, como a queda, essa imagem, segundo Agostinho, bispo de Hipona, ficou enfermiça, corrompida (Gn 6.5). Por isso mesmo, se faz necessário um novo nascimento para que a imagem de Deus seja restaurada no homem (Ef 4.22-24; Cl 3.10; 2Co 3.18; 5.17). Isso é uma obra realizada pelo Espírito Santo de Deus que opera interiormente e promove a santificação do espírito, da alma e do corpo (Rm 8.2-5,13,14; 1Ts 5.23). Diz as Escrituras: “Não reino, portanto, o pecado no vosso corpo mortal” (Rm 6.12). A Bíblia condena as práticas sexual ilícitas, seja elas do tipo que for, heterossexual ou homossexual (Êx 20.14; Rm 1.26,27). A Bíblia nos ensina que a imoralidade sexual afronta o corpo, que é o templo do Espírito Santo (1Co 6.18-20).

3.    A constituição da sexualidade. Deus, desde o princípio deu total apoio a união monogâmica e heterossexual. Quando Ele fez o homem e a mulher, já deu ordem aos mesmos, dizendo que coabitassem crescessem e multiplicassem na face da terra (Gn 1.27,28). Jesus associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução (Mt 19.4-6). O Criador prevê uma satisfação completa entre o homem e a mulher na busca da realização conjugal e na procriação da espécie (Ec 9.9; Sal 127.3-5). Portanto, no plano divino, o sexo, o gênero e a sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas estão biologicamente constituídos e intimamente relacionados.

III – EFEITO DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO

1.    Depreciação da heterossexualidade.  Contrariando o que diz as Escrituras Sagradas, os ativistas atuam descontruindo qualquer orientação que parta da Bíblia, que ensina a heterossexualidade (Gn 2.24; Mt 19.5; Mc 10.7; Ef .5.31). O termo heteronormatividade passou a ser utilizado a partir de 1991, buscando assim desprestigiar e depreciar a prática heterossexual. O termo heteronormatividade é doutrinador, quer dizer, um ensinamento que estão tentando dizer que o reconhecimento da distinção biológica entre homem e mulher como dado óbvio do desenvolvimento humano, e da realidade, ou seja, a heteronormatividade, é um sistema opressor e normatizador em que se obriga as pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Assim, quem é normal, ou seja, heterossexual, é taxado de preconceituoso, discriminador e transfóbico.

2.    Construção de narrativas. A polémica vai muito mais além do que se possa imaginar, quando a militância trans doutrina que se sentir homem ou mulher se sobrepõe aos aspectos biológicos. Daí, entra também a saúde pública e a educação, impondo e doutrinando as crianças e adolescentes. Com essa insatisfação com o próprio corpo em desacordo com o que a mente pensa sobre seu gênero, passam por cirurgias de redirecionamento, e terapias hormonais, dizendo até que nasceram em um corpo errado. Deus não erra! Em 2017, a associação de pediatras americanos (American College of Pediatricians) publicou que: a) conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e não com cirurgias invasivas no corpo; b) meninos não nascem com cérebros feminizados e meninas não nascem com cérebros masculinizados; e c) a ideia de pessoas presas no corpo errado é uma crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa (Rm 9.20).

3.    Linguagem neutra. Imagine você que os militantes desse movimento querem a todo custo mudar até a gramática normativa, que dizem eles que é elitista e machista, tudo porque na Língua Portuguesa, o gênero neutro é absorvido pelo masculino. Assim o masculino é usado de modo genérico para identificar a espécie humana. Ex. quando falamos que Deus quer salvar o homem, estamos falando da raça humana, homem e mulher. Querem substituir as vogais “a” e “o” na pretensão de neutralizar o gênero. Querem descontruir a norma culta gramatical para atender a ideologia de gênero (Is 5.21).

CONCLUSÃO

Não há três sexos na Bíblia; somente dois, o macho e a fêmea (Gn 1.27). O que passa disse é de procedência maligna, querendo desdizer o que Deus disse, assim como aconteceu com a serpente, quando enganou Eva no Jardim do Éden. Quando o Senhor fez o homem e a mulher, Ele viu que tinha ficado muito bom (Gn 1.31), e como disse acima, Deus não erra, e Ele não errou quando criou a sexualidade heterossexual para humanidade. Portanto, ninguém nasce predeterminado a identificar-se como transgênero. Muda-se a cultura, mas a Palavra de Deus permanece imutável (Mt 24.35).

Amém

Pr Daniel Nunes


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE BÍBLICA

 




LIÇÃO 07

A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE BÍBLICA

TEXTO ÁUREO

Enganosa e a graça, e vaidade a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” (Pv 31.10)

VERDADE PRÁTICA

A mulher foi criada para cooperar com o homem. Deus lhe confiou a dádiva da maternidade e função de ser esposa e auxiliadora.

Leitura bíblica em classe – Provérbios 31.10-31

Objetivos da lição:

1.    Explicar a feminilidade bíblica;

2.    Destacar a erosão da feminilidade a partir do ativismo feminista e da suposta “liberdade sexual”;

3.    Focar a imagem da mulher virtuosa de Provérbios 31 como um símbolo de feminilidade bíblica equilibrada.

INTRODUÇÃO

A mulher cristã é uma resistência para a pauta do movimento feminista, que busca descontruir o seu verdadeiro papel que foi deixado por Deus. Os movimentos das agendas progressistas feministas não suportam ver uma mulher bem-sucedida profissionalmente independente, e que assume seu lugar de esposa, mãe, mulher ajudadora ao lado do marido, e sobretudo, se declarando cristã. Louvamos a Deus pela vida dessas mulheres que servem a Deus e vivem o verdadeiro papel da mulher bíblica.

Pela Bíblia, a mulher virtuosa é o símbolo da verdadeira feminilidade Pv 31.10-31). Ela é a esposa fiel, mãe amorosa e empreendedora exemplar. Há, porém, uma agenda progressista nestes tempos pós-moderno, que vem tentando a todo custo, desconstruir a cosmovisão cristã da mulher. Nesta lição, apresentaremos o mandado divino para a mulher, as investidas do ativismo feminista e o exemplo bíblico de feminilidade. Sendo assim, vamos mostrar que Deus requer que a mulher cristã se porte conforme a Sagradas Escrituras.

I – FEMINILIDADE BÍBLICA

1.    A criação divina da mulher.  Assim como o homem, a mulher também foi criada à imagem de Deus (Gn 1.27). Pela ordem da criação do ser humano, Adão foi criado primeiro e Eva depois. Na verdade, a mulher foi a última criação do Senhor Deus, que a fez com todo cuidado, e a entregou ao seu marido, Adão. Se o homem foi criado de barro, a mulher foi feita do osso extraído da costela do homem (Gn 2.21,22). Adão então diz: “Esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). É importante dizer, que tanto o homem quanto a mulher foram feitos conforme a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27). Portanto, o valor, o respeito, a dignidade, a honra e a personalidade foram iguais para ambos. Porém, essa igualdade, não quer dizer uniformidade de papéis (Gn 1.26-28; 3.16-19). Quer dizer: homem e mulher, biblicamente têm funções distintas. Feliz o homem e feliz a mulher que entende isto!

2.    A benção da maternidade. Seria impossível Adão cumprir sozinho o mandamento do Senhor Deus, em multiplicar e encher a terra (Gn 1.28). Ele iria impreterivelmente precisar de sua esposa, pois, o útero conceptivo estava nela e não nele. Deus deu a mulher o dom bendito da maternidade. Adão chamou-a de Eva, por ser ela mãe de todos os viventes (Gn 3.20). A mulher então, passa, do ponto de vista bíblico a ter o papel de procriar, ser mãe, cuidar do seu lar e dos filhos. Com isto não queremos dizer, que o homem não pode e deva ajudar na educação dos filhos, de maneira nenhuma. É só olharmos para Deuteronômio 6. 4-8 que veremos que sim, principalmente a educação religiosa. É exatamente neste ponto, onde as feministas combatem, considerando que a maternidade é um ultraje ao corpo da mulher, limitando as suas funções sociais. A maior expoente do movimento feminista, Simone Beauvoir, diz que “as mulheres seguem vidas monótonas, fruto do cuidado dos filhos e que elas são apenas objetos da saciedade sexual e psicológica dos homens”.  Ela comparou os maridos aos senhores de escravos e as mulheres às escravas. Enquanto a própria Maria mãe de Jesus canta com gratidão ao Altíssimo pela benção da maternidade (Lc 1.46-48); Beauvoir diz: “A virgindade de maria tem principalmente um valor negativo [...] pela primeira vez na história da humanidade, a mãe ajoelha-se diante do filho; reconhece livremente a própria inferioridade”. (O segundo sexo; fatos e mitos. Nova Fronteira, p.236-237)

3.    A mulher como auxiliadora.  Segundo o pastor Antônio Gilberto, a mulher tem uma quádrupla missão: a) a missão romântica; b) a missão biológica; c) A missão vocacional - substituir o marido na administração do lar; d) a missão espiritual – servir na causa do Senhor. A mulher foi criada por Deus, para além de esposa amorosa e dedicada ao seu esposo (vice-versa), também para ser ajudadora idônea (Gn 2.18). A mulher passa a ser uma cooperadora do marido, não sendo jamais inferior a ele, mas capaz de complementá-lo com suas igualdades e diferenças. Essa complementariedade mútua é necessária à formação do casal, à procriação, satisfação sexual, vivência afetuosa e prazerosa para cumprir a vontade de Deus (Pv 18.22; 5.18).

II – A DESCONSTRUÇÃO DA FEMINILIDADE

1.    O ativismo feminino. Um movimento que se iniciou no século 19 nos EUA, onde foi reivindicado direitos iguais aos homens, e conquistaram o direito ao voto. Digamos que até aí estava tudo bem. Porém, no século 20 o movimento ganha maiores proporções, e liderado por Simone de Beauvoir, casada com o ateu Jean-Paul Sartre, passa a defender a pedofilia e as relações sexuais múltiplas, sendo contrário ao casamento monogâmico, maternidade e à feminilidade. Dizia ela que “primeiro o ser humano existe, depois se constrói da forma como desejar”. Isso teve papel preponderante nas ideologias feministas do século XX. Ela estabeleceu uma das máximas femininas: “não se nasce mulher, se torna mulher”. O movimento não para por aí e se amplia para a discussão de gênero e o empoderamento da mulher. Segundo nosso comentarista, o slogan “meu corpo minhas regras” foi propagado em 2011, da cidade de Toronto no Canadá para todo mundo. Há, porém, os que dizem que em 2003, já havia sido publicado um artigo na Índia com esse mesmo slogan. A Bíblia é um livro que honra às mulheres. É somente ler Provérbios 31 para ver. As mulheres foram as primeiras a anunciarem a ressurreição de Jesus. Tiveram e tem um papel preponderante no seio do Evangelho de Jesus Cristo. Na igreja é combatido qualquer tipo de discriminação e violência contra a mulher. Porém, deve-se deixar claro que o feminismo é uma ideologia que busca descontruir os valores bíblicos.

2.    A “liberdade sexual”. Biblicamente, o sexo é algo que dá prazer entre o esposo e a esposa (Pv 5.18). Deve haver um prazer mútuo (1Co 7.3-5). Para o movimento feminista, a mulher é a escrava e o homem o senhor, por isso, busca a libertação sexual da mulher. Citada acima, Simone de Beauvoir, dizia ser defensora do sexo livre, porém, a história nos dá conta que ela agia totalmente diferente do que falava. Coisas horríveis aconteciam nos bastidores desses defensores do feminismo. Para os defensores dessa ideologia, o sexo deve ser livre. A mulher pode ter a quantidade de parceiros que queira, a não há idade para a iniciação sexual. Meninas de 12 e 13 anos eram aliciadas pelo grupo, para que tivessem a sua primeira experiencia sexual. Incluindo aqui também a homossexualidade, a fornicação, o adultério e a prostituição (1Co 6;10). São homens e mulheres sem Deus, onde temas, os mais devassos e promíscuos possíveis são tratados com naturalidade.

3.    Ataques a família tradicional. A Escritura ensina que o casamento é monogâmico, heterossexual e indissolúvel (Mt 19.5,6), sendo o varão o líder da família (Ef 5.23). Porém, como já citado acima, para o movimento feminista, isso é uma escravidão para a mulher, onde a mesma se torna obrigada a ter relações sexuais apenas com seu cônjuge e tiraniza os laços matrimoniais que não podem se quebrados. Eles falam em alto e bom som, que precisam acabar com a família tradicional, que para eles é algo ultrapassado. Dizem, que os livros de Simone de Beauvoir eram tão fortes e contundentes, que bastava o leitor ler uma ou duas linhas que já queria agir como ela. Algo maligno! O ativismo radical rejeita a maternidade, faz apologia ao aborto, considera ofensiva o papel da mulher como auxiliadora, enaltece a lascívia e engaja-se em uma luta de gênero contra os homens.

III – MULHER VIRTUOSA: SÍMBOLO BÍBLICO DE FEMINILIDADE

1.    Modelo de esposa fiel. Segundo o proverbista, a mulher virtuosa é de inestimável valor (Pv 31.10). Quer dizer, não se pode estimar, medir, mensurar o valor da mulher virtuosa. O coração do marido confia nela (Pv 31.11a). Ele confia de todo coração e não somente de boca para fora. Ela é fiel em tudo: Na área conjugal, pureza sexual e na administração do lar e das finanças. Ela não gasta atoa. Não faz compras que não precisam para dentro de sua casa. Não sai por aí gastando por compulsão, mas, olha para o governo de sua casa com comedimento, e sabe se pode comprar algo ou não (Pv 31.11b). Ela faz bem ao seu marido e não mal (Pv 31.12). Não é aquela mulher instável, que o marido não sabe quem vai encontrar em casa, se uma rixosa ou um anjo de bondade. Seu temperamento é equilibrado, mesmo dentro das grandes lutas que a vida oferece.

2.    Padrão de mãe amorosa. Ela é uma mãe dedicada: Ela se preocupa com a alimentação dos filhos (Pv 31.15a). Gerencia várias tarefas do lar (Pv 31.15b). Prove agasalho para seus filhos, e não tem medo quando chega o inverno (Pv 31.21). Educa seus filhos com sabedoria e bondade (Pv 31.26). Ela sempre é precavida em suas atividades domésticas e não come o pão da preguiça (Pv 31.2). É elogiada por seus filhos, que reconhecem suas virtudes e qualidades, retribuindo com muito amor e honra (Pv 31.28a).

3.    Exemplo de administradora e empreendedora. Parece difícil o papel da mulher sob o prisma de Provérbios 31, por se tratar de múltiplas funções exercidas por ela. Porém, se atentarmos para a vida cotidiana delas, vamos ver que não é diferente. E, uma de suas boas qualidades é saber negociar muito bem. Elas tem um tino, um sentido apurado para o negócio. Como diz a palavra que ela adquire tecidos, confecciona roupas, lençóis e colchas de boa qualidade (Pv 313.15,22). Faz até importações de elevado padrão para a sua casa (Pv 31.14). Sabe comprar propriedade e gerencia negócios lucrativos (Pv 31.16). Ainda é generosa e ajuda aos necessitados (Pv 31.20). Quanta energia têm a mulher virtuosa bíblica! Não precisa ser um estrela de televisão, ou ser uma modelo, porque o seu valor está no temor do Senhor (Pv 31.30).

CONCLUSÃO

Homens e mulheres se complementam (Gn 2.24). Eles são iguais como pessoas, porém, tem funções e papeis diferentes um do outro, que foram estabelecidas por Deus. Não há escravidão, nem estigma nisso, mas uma grande nobreza, em cada um entender o seu papel dentro da sociedade como um todo. As mulheres cristãs são instruídas a honrar a sua feminilidade e assim glorificar a Deus em sua santa soberania (Lc 1.38,46-48).

Amém.

 

Vosso em Cristo

Pr Daniel Nunes

terça-feira, 25 de julho de 2023

A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO

 




LIÇÃO 5

A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO

TEXTO ÁUREO

E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” (Lc 1.31).

 

VERDADE PRÁTICA

A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte infantil intrauterina do presente século.

 

Leitura Bíblica em Classe: Lucas 1.26-33,39-45

 

Objetivos da Lição

1.    Refletir sobre a divina concepção e nascimento de Jesus, demonstrando o milagre da vida e da capacidade de procriar.;

2.    Identificar os traços da cultura da morte presentes em nossos dias e suas consequências;

3.    Compreender a sacralidade da vida e a importância de a Igreja de Cristo combater toda cultura que viole os princípios da Palavra de Deus.

 

INTRODUÇÃO

A sacralidade se diz do que é sagrado, santo, puro; assim é a concepção da vida. Ela não é algo sem valor, vulgar, ou sem importância. A vida, desde a sua concepção, já deve ser respeitada, cuidada, e entendida que foi a vontade do Senhor, o Pai dos espírito, que permitiu a vinda daquele ser ao mundo. Como diz o Senhor, através do profeta Malaquias: “Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus? ...” (Ml 2.10). Deus é o autor supremo da vida (Gn 2.7). O Senhor conhece o nosso ser, a partir do momento que o óvulo é fecundado, ali, para Deus já há uma vida em movimento (Sal 139.13-16; Jr 1.5). Portanto, querer alterar, mudar ou desqualificar esse alto conceito da vida que é ensinada na Palavra de Deus, é uma maneira de ensinar a cultura da morte infantil ainda no útero da mãe. O ser humano não é autônomo quanto a vida; somente a Deus compete dar a vida e a tirar. Nesta lição, estudaremos a concepção sobrenatural de Jesus Cristo, a apologia ideológica da cultura da morte e o conceito da sacralidade da vida no útero materno.

 

 

I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO

 

1.    O anúncio do nascimento. Maria estava desposada com José, quer dizer, ela estava noiva; que era um estágio muito importante naquele tempo na vida do casal hebreu. Eles estavam comprometidos, faltando apenas o casamento. Naquele tempo, segundo nos ensina o pastor Antônio Gilberto, a festa do noivado era maior que a festa do casamento. Nesse tempo de espera para o casamento, Maria recebe a visita do anjo Gabriel em Nazaré, e lhe diz que ela terá um filho, que deveria se chamar Jesus (Lc 1.26,2,31). Você já imaginou o que passou na cabeça de Maria? Como ela responderia às pessoas quando perguntassem sobre aquela gravides? Ela mesma testemunha que não conhecia varão, quer dizer: ela e José, estavam apenas desposados, e não casados (Lc 1.34). Tudo o que estava acontecendo com Maria, já fazia parte do plano eterno de Deus, que desde Gênesis 3.15, já havia dito, que da semente da mulher, ia nascer um que esmagaria a cabeça da serpente, no caso aqui, uma figura de Satanás (Ap 20.2).

2.    A miraculosa concepção.  Não seria uma concepção normal, natural, porém, miraculosa e sobrenatural. Disse Gabriel: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Fico aqui imaginando, que se Deus o Pai, não tivesse a concepção como algo sagrado, divino, Ele jamais teria enviado o seu filho para nascer de uma mulher. Paulo nos assevera dizendo: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a forma da lei” (Gl 4.4). Naquele momento, para que Maria cresse no milagre que estava prestes a acontecer, o anjo de Deus, lhe revela que Isabel, sua prima já estava gravida de seis meses de seu filho, que seria chamado de João (Lc 1.36). Gabriel, sendo um ser angelical, fala uma palavra, que certamente enche o coração de Maria de muita fé: “Porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.3). Quer dizer, o que estava acontecendo com Isabel e com Maria era algo que vinha da parte de Deus.

3.    A benção do nascimento. Davi disse: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado...” (Sal 139.14). Sim, a vida é um grande milagre (Ec 11.5). Foi Deus quem dotou o ser humano, bem como os animais para que pudessem procriar (Gn 1.28). Salomão disse que os filhos são herança do Senhor (Sal 12.3). Se Deus cerrar a madre, nada acontece (Gn 30.1,2). Portanto, todas as vezes que ocorre a concepção, foi obra, não somente do homem e da mulher, mas primeiramente de Deus. Porque se ele não permitisse não haveria nenhuma concepção, e quando ele permite, até a estéril abraço o seu filho (1Sm 2.5), foi o caso da concepção de Jesus, no ventre virgem de Maria, e de João Batista, no ventre estéril de Isabel, uma mulher já de idade avançada (Lc 1.34,36). Lembremos as palavras de Gabriel: “Porque para Deus nada é impossível”.

 

II – A CULTURA DA MORTE

 

1.    O projeto ideológico. Na pauta progressista está o conjunto de ideias que visa modificar o conceito bíblico da concepção da vida. Entre as quais a legalização do aborto e da eutanásia (ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável), apologia ao suicídio e o controle da natalidade; coisa que podemos chamar de “cultura da morte”. Mediante estratégias culturais, intelectuais e políticas, impõe-se uma agenda de desconstrução da sacralidade da vida, algo caro à cultura cristã. Apontando pelo menos quatro pontos, nosso comentarista diz ser nesse caso, um estímulo a “eugenia” (A eugenia é a seleção dos seres humanos com base em suas características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações futuras. O termo foi criado pelo cientista inglês Francis Galton (1822 - 1911), em 1883. A palavra eugenia deriva do grego e significa "bom em sua origem ou bem-nascido"). 1) O descarte do ser humano com alguma má-formação ainda no útero materno; 2) A maternidade é depreciada a fim de que a mulher não deseje ser mãe; 3) O conceito de saúde reprodutiva é modificado para justificar o aborto como medida de saúde feminina; 4) O direito a vida no útero é substituído pelo direito incondicional da mulher sobre o próprio corpo, que por meio do aborto decreta a morte do fruto no ventre.

2.    O direito sobre o corpo. O slogan “meu corpo minhas regras”, nada mais é que um cheque em branco para a libertinagem. Abre-se espaço para a defesa das liberdades sexuais e reprodutivas, como também para a escolha de vida ou morte. Ai também se encontra o direito à prostituição do corpo, aborto, eutanásia, suicídio, entre outros males. Qualquer que seja a opinião que seja contrária a esse discurso, se torna algo que viola a liberdade humana. A Bíblia é clara que o corpo deve ser cuidado, nutrido e respeitado (Ef 5.28,28). Nosso corpo é templo de Deus e deve, portanto, ser bem cuidado (1Co 3.16,17).

3.    A prática do aborto. Abortar é interromper a vida de um embrião ou feto ainda no ventre da mãe. Nada mais e nada menos que matar um ser indefeso. Pior que matar um adulto, que tem como se defender, correr, reagir contra seu algoz etc. A criança que está no ventre da mãe, nada pode fazer, senão aceitar ser despedaçado e retirado do seu lugar, onde, após os 9 meses de gestação, estaria formado para vir ao mundo. O sexto mandamento é claro: “Não matarás” (Êx 20.13). o mesmo que não assassinar alguém, seja uma feto, um embrião, uma criancinha, um adolescente, um jovem, adulto ou ancião. O verbo matar aí, é rasab, que tem o sentido de assassinar intencionalmente. A ação do médico, tirando a vida do paciente, é vista como um assassinato, segundo a maioria dos estudiosos da ética cristã. Os intérpretes do decálogo concordam que a proibição do aborto está incluída neste mandamento. Portanto, quem mata um embrião ou um feto atenta contra a dignidade humana e a sacralidade da vida no ventre materno.

III – A SACRALIDADE DA VIDA

1.    A vida é inviolável. Como acostumamos dizer: A nossa vida pertence a Deus. Nossa vida está nas mãos de Deus. É isso mesmo, pois é Ele o autor e a fonte originaria do fôlego de vida (Gn 2.7; Jó 12.10; 33.4). Então, na perspectiva bíblica, a vida é sagrada, doada por Deus, portanto digna de ser respeitada a sua inviolabilidade (Sal 36.9; 90.12). Poderia então se perguntar: Desde quando devemos manter a inviolabilidade da vida? Desde o momento da concepção, sem exceção e sem concessão.  Devemos como cristãos nos mantermos firmes na Palavra, e não abrirmos mão para essa sociedade secularizada e sem Deus (Rm 12.2).

2.    O começo da vida. O Senhor disse Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jr 1.5). O 'antes' sublinha a verdade bíblica de que a vida humana advém de uma decisão atemporal realizada por Deus, que dentro da sua existência onipotente e sábia já formou, conheceu e santificou a vida humana". O verbo "formar", originalmente "iatsar", em hebraico, "traz a ideia fundamental de um ato criador realizado em um passado muito remoto que, igualmente, pode ser entendido como o eterno presente que define a existência de Deus, aquele que não possui passado ou futuro". Sim, por mais difícil que pareça, mas a Palavra de Deus nos faz entender que nosso Deus, que é onisciente, já nos conhece, mesmo antes de nosso nascimento. Portanto, tirar a vida de uma criança no ventre de sua mãe, é sim um assassinato de uma pessoa a qual nosso Deus já o ama.

3.    A posição cristã. A igreja que mantém o princípio teológico da autoridade das Escrituras Inspiradas de Deus (2Tm 3.16) defende a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção. Ensina a sacralidade da vida humana em todos seus estágios de desenvolvimento. Ratifica que toda ideologia que seculariza os princípios bíblicos deve ser combatida (2Tm 3.8)

CONCLUSÃO

Volto a dizer na conclusão da lição, o que disse lá no início: Quando Deus, fez com que o Verbo se tornasse carne por meio do ventre de uma mulher, Ele sacraliza esse ato, e diz a todos, que a concepção do seres humanos é algo divino. Por mais que o corpo humano, que foi formado por Deus, seja algo simplesmente maravilhoso, principalmente no que tange a reprodução humana, porém, não podemos esquecer que quem de fato dá a vida é Deus.  A valorização e a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios imutáveis do cristianismo bíblico (Jo 10.10). Acerca do assunto, a Bíblia assegura que Deus é o autor e o detentor da vida humana (Jó 12.10).

Amém

Pr Daniel Nunes

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR

 




LIÇÃO 4

QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR

TEXTO ÁUREO

Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25)

VERDADE PRÁTICA

A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana.

Leitura Bíblica em Classe

Romanos 1.18-25

 

Objetivos da Lição

1.      Identificar as consequências da irreligiosidade e culto à criatura;

2.      Compreender a origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura;

3.      Conhecer os tipos de autoidolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.

INTRODUÇÃO

O homem foi criado para a glória de Deus. Quando o Criador não é glorificado através da criatura, algo está muito errado. Paulo nos adverte, que até no comer e no beber, devemos glorificar ao Senhor (1Co 10.31). O homem sempre buscou a glória para si. Basta lembrar de Ninrode, o “poderoso caçador” (Gn 10.9), que quis construir uma torre que tocasse nos céus, porém, foi impedido por Jeová (Gn 11.5-9). Tudo isso foi originado de Satanás, que desejou subir acima nas alturas e ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.14). O homem adâmico gosta de glória para si, mas o homem espiritual glorifica ao Criador dos céus e da terra.

Um dos movimentos que passou a enaltecer a razão e o racionalismo, foi o “Iluminismo”. Movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso. A autoidolatria (idolatria de si mesmo), o coração perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2Tm 3.4). Esta lição é um alerta sobre o que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).

I – O DESPREZO À VERDADE

1.    A impiedade e a injustiça. Impiedade é o contrário de piedade; assim como injustiça é o antônimo de justiça. Se ser pio é ser justo, bondoso, benigno, consagrado a Deus; ser ímpio, é ser injusto, maldoso, maligno, dedicado as coisas do diabo. Ser piedoso é ser uma pessoa ligada a Deus, e ser ímpio, é ser uma pessoa declaradamente contra Deus (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Ser injusto, é não ser reto com Deus e nem com o próximo (2Pe 2.15). Vem do grego adikia que significa “sem retidão”. Tanto a impiedade quanto a injustiça são qualidades de uma sociedade sem Deus, e de um povo não regenerado pelo poder do Espírito Santo (Rm 1.18), onde a idolatria, o culto a criatura a perversidade e a depravação moral, expressam a decisão deliberada do homem em desprezar a verdade de divina (Rm 1.19,20). É uma geração de consciência cauterizada (1Tm 4.2), dado a recusa do próprio homem em glorificar ao seu Criador (Rm 1.21). E assim fazem sem nenhum escrúpulo, sem nenhum temor, como se nada fosse acontecer. Porém, a sua condenação não dormita, e logo o Todo-Poderoso dará o pago a todos, segundo as suas obras (Rm 1.32).

2.    A insensatez humana. Ninguém poderá dizer que não tinha conhecimento de Deus. O Salmista Davi disse que “Os céus manifesta a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl 19.1). Não haverá desculpas! Interessante, que o homem se julga tão inteligente, tão sábio, mas despreza a verdadeira sabedoria, pois “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9.10). Suas ideologias rejeitam, pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem. Foi assim com o casal no Éden, que preferiu acreditar no que a serpente estava dizendo (Gn 3.4-6), do que crer no que o Criador havia dito (Gn 2.16,17). Quanta insensatez! Disso resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1.22-25).

3.    O culto à criatura. A partir do momento que os homens desprezam a Deus e seus estatutos, são deixado à sua própria sorte. Quer dizer, Deus os entrega a seus prazeres, seus deleites pecaminosos, degradando seus próprios corpos (Rm 1.24). Convém, aqui, dizer, que todo juízo sobre os pecadores, sejam os adúlteros, afeminados, mentirosos, desnaturados, desobedientes, ingratos, profanos, assassinos etc. virá sobre àqueles que não se converterem ao Senhor, e permanecerem em seu pecado até a sua morte. Eles serão julgados pelo Senhor. Compete a nós como igreja do Senhor, amar a todos, pregar o Evangelho a toda criatura, amar ao próximo e não fazer acepção de pessoas.  Porém, precisamos advertir a todo pecador, que somente um encontro real com Jesus poderá mudar a sua vida (1Co 6.10.11).

II – A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO

1.    Renascentismo (Sec XIV e XVI) As principais características da renascença foram o humanismo, o antropocentrismo, o individualismo, o universalismo, o racionalismo e o cientificismo. Deus é colocado de lado, e o homem passa a ser o centro de tudo. Abraão, do alto de seu quilate espiritual e sua amizade com Deus, disse: “...eis que agora, me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Esse é o reconhecimento do homem que tem amizade com Deus, porém, os homens racionalistas, pensam que são mais do que Deus, e aí acontece o que sucedeu com Herodes, que foi comido de bichos porque não deu glória a Deus (At 12.21-23). Quanto ao antropocentrismo, infelizmente, agora estamos vendo dentro das igrejas. Não é mais um movimento do lado de fora, mas dentro das igrejas evangélicas, onde o homem é aplaudido, louvado, e o Senhor da igreja está sendo colocado de lado. Muito cuidado igreja do Senhor!

2.    Humanismo. Esse foi mais um movimento que começou na Itália no século XV. Para esse movimento a ética e a moral depende do homem. Não é a Palavra de Deus que dita as regras, mas tudo passa a ser descontruído por eles no aprofundamento da história antiga. Talvez, uma das únicas coisas benéficas do humanismo, foi a valorização dos direitos individuais. Porém, a Bíblia já tem em seus ensinamentos as regras para esses direitos também, isso não nasceu com o humanismo (Lv 6.1-6). A Bíblia também ensina a igualdade entre raças, classes sociais e de gênero (Gl 3.28).

3.    Iluminismo. O Iluminismo se iniciou como um movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso. Pregavam que o homem pode dirigir seu próprio caminho, traçando o seu próprio destino, e que não precisava da igreja, sendo ela assim dispensável. Surge no século XX “a sociedade líquida”. Com isso queriam dizer os modernistas, que já não havia mais verdades sólidas, absolutas, mas tudo se tornou “relativo”. Quer dizer, depende do olhar e da compreensão de cada um. Surge o individualismo, o egocentrismo, o hedonismo, o narcisismo. Para o hedonista, o que vale é o prazer, não importa o meio para chegar ao prazer; como o abuso do corpo, a depravação, drogas, e o consumismo exacerbado.

III – TIPO DE AUTOIDOLATRIA

1.    Idolatria da autoimagem. O homem caído é amante de si mesmo. Ele é egocêntrico e narcisista. O culto a autoimagem é uma espécie perniciosa de idolatria. Quantos obreiros e crentes idólatras existem hoje em dia. Amam a sua própria imagem! O apóstolo Paulo nos fala que o homem caído é “egoísta”: amante de si mesmo; “avarento”: amante do dinheiro; odioso: sem amor para com o seu próximo (quebrando assim um dos mandamentos de Deus que foi ratificado por Jesus no Novo Testamento (Lc 10.27,28); rebelde: sem amor para com Deus (Quebrando o primeiro e maior mandamento da lei do Senhor (Lc 10.27); hedonista: amante dos deleites (2Tm 3.2-4). O idólatra de si mesmo, tem estrema necessidade de aparecer, se autopromover, e se acha melhor que todos. Como acostumamos dizer: ele se acha a única Coca-Cola do deserto. Ele não quer saber como vai subir. Como vai conquistar as coisas, mesmo que seja por meios ilícitos, mas, para ele o importante é conseguir chegar no topo, onde ele quer a todo custo chegar. Para ver o que a Bíblia ensina sobre isso, é somente atentarmos para o exemplo de Jesus em Filipenses 2. 3-8.

2.    Idolatria no coração. O coração aqui, não é esse membro pulsante, que temos no peito, que injeta o sangue nas nossas veias, mas o centro de nossas emoções, vontades e desejos (Rm 10.6). Jeremias disse que o coração é enganoso e perverso (Jr 17.9). Jesus disse que é dele que procede todo tipo de pecado (Mr 7.19-23). Por isso mesmo Deus condena a idolatria no coração (Ez 14.3). Aqui devemos parar um pouco e pensar: Será que não estamos com algum ídolo em nosso coração? Quantos que estão dentro das igrejas, mas dão guarida a ídolos em seu coração. O que devemos guardar bem escondido no coração é a Palavra de Deus (Sl 119.11). O comentarista diz:  O crente traz a idolatria dentro de si quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.

3.    Idolatria sexual.  A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27). A idolatria é bem mais que o pecado em si, pois é a busca incontrolada pelo prazer sexual, a incontinência, a busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1Co 6.15). É o altar da idolatria sexual levantado no coração. Hoje existe uma facilidade de se levantar esse altar através da internet. Quantos cristãos que não dormem sem que primeiro visite as páginas nocivas na internet. Aquilo se tornou para ele como um ídolo, que não pode deixar de adorá-lo. A culto a Deus é trocado pelo culto ao corpo com a finalidade de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio do pecado (1Pe 4.3 – NAA). Vejamos o conselho da Palavra de Deus, de como vencer esse pecado: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gal 5.16 – NAA).

CONCLUSÃO

Há uma profecia do profeta Sofonias que diz: “Isso terão em recompensa da sua soberba, porque escarneceram e se engrandeceram contra o povo do Senhor dos Exércitos. O Senhor será terrível para eles, porque aniquilará todos os deuses da terra; e todos virão adorá-lo, cada um desde o seu lugar, todas as ilhas das nações” (Sf 2.10.11). Deus não está satisfeito com essa terra idólatra (Rm 2.8), nem com essa autoidolatria humana. Ele fará justiça. Bem-aventurada a nação cujo Deus é o Senhor. Todos os povos a terra são convidados a louvar ao Senhor (Sal 100; 150).

Vosso em Cristo

Pr Daniel  Nunes

quarta-feira, 12 de julho de 2023

A VIDA DO SOLDADO DE CRISTO




A VIDA DO SOLDADO DE CRISTO

 

Se o soldado é valente, crente,

É aclamado pela turba, ovacionado pela multidão.

Há muitos ao seu redor. O carregam nos ombros.

É quase idolatrado, mimado, ajudado.

Porém, ele precisa estar são.

 

Precisa estar com saúde, como um bom atleta.

Ai sim, é louvado, bajulado, presenteado.

São tantos os amigos, que se dizem filhos.

Lhe chamam de pai, papai.

Se sente lisonjeado.

 

Se o soldado ficar ferido, combalido,

Coitado do tal sujeito.

Os mesmos que aclamavam, bajulavam,

Querem acabar de matar, esfolar.

Facas são atiradas ao seu peito.

 

Soldado atraente, soldado crente,

Sadio, imponente, capaz.

Se tiver doente, é deixado de lado.

Não serve para mais nada,

Pode deixá-lo para trás?

 

Mas tem um que não o abandona;

Mesmo que esteja quebrado,

Triste, amargurado, desprovido.

É Jesus, do soldado o fiel amigo.

Ele sempre estará ao seu lado.

 

Uma presença constante,

Viva, vibrante, sentida.

Transmite paz ao soldado.

Soldado que foi esquecido,

Mas o amigo Jesus lhe dá vida.

 

Na solidão do esquecimento,

O soldado se diz desprezado.

Não há médicos. Talvez, enfermeiros?

Que tratam as feridas do amigo,

Isso o faz se sentir amado.

 

Nunca falta um amigo,

Que mande um abraço carinhoso.

Isso faz bem ao soldado ferido,

Como remédio curador.

Fazendo-o se sentir corajoso.

  

É assim a vida do soldado de Cristo,

Marchando para frente, mesmo que ferido.

Chorando, gemendo, ou sorrindo,

Ele vai em direção ao alvo, que é o céu.

Somente lá o galardão estará garantido.

 

 

Daniel Nunes da Silva